Decisão do Senado sobre a ‘PL do veneno’ representa avanços e centraliza competências no Ministério da Agricultura.
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A polêmica decisão do Senado sobre a Lei de Pesticidas, após mais de duas décadas de tramitação, representa significativos avanços na regulamentação da pesquisa, produção, exportação, importação, comercialização e utilização de pesticidas, bem como no fornecimento de informações ao consumidor, segundo o advogado e ex-professor de Direito na UFSM, Paulo Caetano.
O profissional explica que com a nova lei o Ministério da Agricultura e Pecuária será o epicentro para análise de propostas de alteração de atos normativos, autorizações e emissão de Registro Especial Temporário para pesquisa de novos pesticidas. “A determinação de simplificar e desburocratizar procedimentos, além de reduzir custos e tempo necessário para análises, é um avanço significativo para o setor, promovendo eficiência e segurança”, explica Caetano.
Ele ainda enfatiza que a nova legislação marca um passo importante para o Brasil no estabelecimento de práticas sustentáveis e seguras no uso de pesticidas, alinhando-se a padrões internacionais e fomentando o desenvolvimento responsável do setor agrícola.
A lei cria um cadastro único de utilização de pesticidas e produtos de controle ambiental e dispõe sobre responsabilidades para a produção, receituário, comercialização, depósito, uso e descarte de pesticidas e embalagens. O advogado explica que também está prevista a criação de um sistema de informação para otimizar a funcionalidade do sistema.
Zarc para cereais de inverno é atualizado
Mais de 400 eventos agropecuários estão no calendário oficial de 2024 em Santa Catarina
Mapa amplia calendário de semeadura da soja em sete estados
Zarc traz orientações em escala municipal, de acordo com o ciclo de cada cultivar e a disponibilidade de água (AD) de cada solo.
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“A atividade agrícola é uma ilha cercada de riscos por todos os lados”. A frase é do agrometeorologista Gilberto Cunha, da Embrapa Trigo, e resume a importância do Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos (ZARC). A atualização na indicação do cultivo de cereais de inverno permitiu o aprimoramento na gestão de riscos em culturas como trigo, triticale, cevada e aveia. As portarias com as atualizações foram publicadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no dia 28 de dezembro de 2023.
No Brasil, o cultivo dos cereais de inverno pode ser realizado desde o extremo sul, na região de clima temperado, até o centro e parte do nordeste do País, na zona de clima tropical. De forma geral, 10 estados brasileiros possuem indicação para cultivo de cereais de inverno, tanto em sistema de sequeiro como irrigado: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Bahia, além do Distrito Federal.
A atualização dos Zarcs para cereais de inverno no Brasil, contemplando trigo, triticale, cevada e aveia, sistemas sequeiro e irrigado, e, no caso do trigo, também de duplo propósito (produção e forragem + grão), contemplando os principais riscos climáticos para esses cultivos: excesso de chuva no período de colheita, não espigamento e seca na semeadura e/ou enchimento de grãos. O Zarc traz orientações em escala municipal, de acordo com o ciclo de cada cultivar e a disponibilidade de água (AD) de cada solo.
O Zoneamento Agrícola de Riscos Climáticos entrou em operação na safra de inverno de 1996 com a cultura do trigo. Desde então, tem sido uma importante ferramenta de gestão de riscos e indução de uso de tecnologia na agricultura brasileira.
“A atividade agrícola, cada vez mais, tem sido vista como ‘uma ilha cercada de riscos por todos os lados’, onde, além dos riscos protegidos ao mercado, sobressaem-se os relacionados com o clima. Nesse sentido, a chamada gestão integrada de riscos tem merecido atenção especial, seja gestores dos públicos, responsáveis pelas políticas de crédito e segurança rural, ou por executivos empresariais, que têm a missão de cuidar de investimentos cada vez mais vultosos na agricultura brasileira”, argumenta Gilberto Cunha.
O ZARC conta com constantes aperfeiçoamentos no sistema, cuja alteração mais recente envolveu a mudança, estabelecida pela Instrução Normativa nº 2, de 5 de agosto de 2022, que define o novo método de classificação dos solos em função da água disponível (AD), permanecendo normatizadas, a partir da composição granulométrica de cada solo (frações argila, silte e areia), seis classes de água disponíveis (6ADs).
Conforme a nova metodologia, agora é possível melhor discriminação dos limites de risco – 20%, 30% e 40% – em escala municipal. “A mudança atendeu aos anseios dos segmentos ligados à produção, que não se sentiam particularmente contemplados nos três tipos de solos que vinham sendo até então considerados, e dos profissionais da área de seguro agrícola, que reivindicavam, na esfera privada, melhor discriminação espacial dos riscos climáticos que afetam a agricultura brasileira”, explica o pesquisador.
O padrão ZARC, com resultados em escala municipal, para três grupos de cultivares, com a indicação de períodos específicos de semeadura em três níveis de risco (20%, 30% e 40%) e, agora, para seis níveis de disponibilidade de água nos solos, segue o mesmo protocolo estabelecido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
O trabalho é coordenado pela Embrapa Agricultura Digital, com a colaboração de diversas Unidades da empresa distribuídas no território nacional. Os resultados podem ser encontrados no Portal do Mapa ou acessando o aplicativo Zarc Plantio Certo .
Serão 108 produtores que fazem parte dos polos e rotas de fruticultura e produção de grãos dos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Paraiba, Ceará e Rio Grande do Norte.
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A busca pelo conhecimento não encontra barreiras nem limites quando há vontade e propósito. É isso o que mostra um grupo de 108 produtores rurais, de sete estados do Nordeste, que vão percorrer 8,4 mil quilômetros (ida e volta) em 13 dias para conhecer as novidades do Show Rural Coopavel 2024, agendado para o período de 5 a 9 de fevereiro em Cascavel, no Oeste do Paraná.
Há 24 anos a intercooperação entre cooperativas do Nordeste com a Coopavel, organizadora do Show Rural, traz impulso significativo a estados dessa região brasileira. “Essa é a mais longeva parceria de cooperativas do País. Somos muito gratos à Coopavel e aos seus diretores por essa oportunidade”, diz o presidente da Cooperativa Agropecuária Regional de Palmeira dos Índios (Carpil), de Alagoas, Luciano Monteiro. “O Show Rural e a Coopavel se sentem honrados em contribuir com avanços que melhoram a vida de tantas pessoas”, ressalta o presidente Dilvo Grolli.
A caravana seguirá em direção a Cascavel (PR) no dia 31 de janeiro. Serão quatro dias de viagem para chegar ao parque tecnológico onde o evento acontece. A intenção dos líderes é que os produtores participem no dia 04 de fevereiro, às 11 horas, da missa de abertura do Show Rural, que terá 600 expositores e espera mais de 300 mil visitantes em cinco dias.
Serão 108 participantes representando cooperativas e líderes que fazem parte dos polos e rotas de fruticultura e produção de grãos dos estados de Alagoas, Sergipe, Bahia, Pernambuco, Paraiba, Ceará e Rio Grande do Norte. “Estamos muito animados em voltar ao Show Rural, que reúne as principais novidades em maquinários, implementos e defensivos, além de produtos da agroindústria e da agricultura familiar”, destaca Luciano.
O início
Luciano Monteiro e o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, são os personagens centrais da parceria iniciada há 24 anos. Nesses anos todos, cerca de mil produtores, filhos de agricultores, técnicos e autoridades estiveram em Cascavel para conhecer o Show Rural.
A Carpil virou referência no semiárido e as vagas nas caravanas são cada vez mais disputadas. Os números de produtividade nesses anos todos, melhoraram muito nos estados nordestinos.
De importadora, a Carpil passou a exportadora de conhecimentos e seu presidente viaja o mundo relatando a experiência. De tão empolgante e bem-sucedida, a parceria estimulou o Ministério da Agricultura a lançar um projeto de intercooperação nacional.
Outros aprendizados
Durante a viagem, os agropecuaristas terão a chance de visitar entidades, cooperativas e assentamentos que desenvolvem projetos inovadores na agricultura familiar, incluindo empresas de assistência técnica, bem como o circuito das frutas paulista. Também vamos conhecer produções orgânicas que poderão servir de modelo para o desenvolvimento sustentável de nossas propriedades, afirma o presidente da Carpil.
“Para o pequeno, o médio e o também o grande produtor, a melhor alternativa é o cooperativismo devido a tudo o que oferece e representa. “É preciso levar isso para as escolas e envolver os jovens”, pontua Luciano Monteiro.
Carpil
A cooperativa alagoana, com sede em Palmeira dos Índios, foi fundada em 1979 e está presente em 102 municípios. São mais de quatro mil agricultores familiares quilombolas, mulheres, jovens, povos e comunidades tradicionais cooperados.
Criador e zootecnista Alcides Pilau foi designado ao cargo por unanimidade pelos membros efetivos do CDT e estará à frente do conselho durante o biênio 2024/2025.
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O criador e zootecnista Alcides Pilau foi eleito, na quinta-feira (04), presidente do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) da Associação Brasileira de Brangus (ABB). Designado ao cargo por unanimidade pelos membros efetivos do CDT que participaram da reunião virtual, Pilau estará à frente do conselho durante o biênio 2024/2025. “Fico lisonjeado em assumir o conselho, visto que temos um grupo bastante qualificado, formado por pessoas de alta capacidade. O voto de confiança deles e do presidente da associação aumenta ainda mais a minha responsabilidade”, afirma.
Pilau carrega a expertise de quem, desde 2001, trabalha com assessoria e consultoria em propriedades rurais, onde teve seu primeiro contato com a Brangus. Desde 2009, também é criador da raça em parceria com o Condomínio Rural Weiler, de Lavras do Sul (RS), em um plantel de doadoras. “Fui me apaixonando pela raça, buscando conhecer cada vez mais e tendo a oportunidade de conviver com diversos criadores, tanto na parte de assessoria como na de criador”, acrescenta.
O novo presidente do CDT, que possui mestrado e doutorado em Produção Animal na área de Manejo e Reprodução, visa contribuir com o fortalecimento da raça Brangus e com o crescimento da mesma não só em volume, mas também em qualidade, junto a atual diretoria. Além disso, Pilau tem como um de seus objetivos ser o elo entre os criadores, inspetores técnicos e o conselho, trazendo para as reuniões suas principais dúvidas e demandas. “Queremos que, cada vez mais, novos criadores e aqueles que já investem em Brangus tenham fácil acesso à associação”, sinaliza.
Presidente da ABB, Cacaio Osório, destaca que a colaboração de Pilau será de extrema importância para os avanços técnicos da Brangus no país. “Não tenho dúvidas de que teremos um profissional capacitado para nos auxiliar a fomentar cada vez mais a raça no Brasil e a contribuir com novos projetos”, garante Osório que, antes de ser eleito presidente da associação, comandou o CDT da Brangus por dois anos.
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