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10 de janeiro de 2024

Levantamentos da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações brasileiras de ovos (incluindo todos os produtos, entre in natura e processados) encerraram 2023 com total de 25,4 mil toneladas embarcadas, número que supera em 168,1% o total exportado no mesmo período do ano passado, com 9,5 mil toneladas. Em receita, a alta registrada em 2023 é ainda maior, chegando a 182% em relação a 2022. Ao todo, foram obtidos US$ 63,2 milhões contra US$ 22,4 milhões no ano anterior. Em dezembro, as exportações de ovos do Brasil totalizaram 947 toneladas, número 119,5% maior que o total registrado no mesmo período de 2022, com 431 toneladas. Com estes embarques, o setor obteve receita de US$ 2,5 milhões no mês, desempenho 93,3% superior ao US$ 1,3 milhão registrado no ano anterior. O Japão foi o grande comprador internacional dos ovos produzidos no Brasil, com total de 10,3 mil toneladas em 2023 – número 848,5% superior ao registrado no ano anterior. Em seguida estão Taiwan, com 5,3 mil toneladas no ano (sem dados comparativos em 2022) e Chile, com 2,8 mil toneladas (+1.302,3%).
A safra de cana-de-açúcar do Brasil na nova temporada (2024/25), que começa em abril, foi projetada ontem para ser menor do que a colheita recorde do ciclo atual, já que o clima mais seco do que o normal na maior parte da região Centro-Sul prejudicou o desenvolvimento da cana, disse a corretora e analista hEDGEpoint Global Markets. A produção do Centro-Sul em 2024/25 (abril-março) foi estimada em 620 milhões de toneladas métricas, abaixo da previsão anterior de 640 milhões de toneladas. Espera-se que a produtividade agrícola, ou o volume de cana por hectare, caia 6% na nova safra devido à menor umidade do solo. No entanto, a corretora aumentou sua visão para a atual safra de cana-de-açúcar 2023/24 para 651,5 milhões de toneladas, dizendo que o clima seco está levando as usinas a estender a moagem além do período regular. Os analistas esperavam anteriormente que parte da cana-de-açúcar nos campos fosse deixada para ser processada na nova temporada porque as usinas não conseguiriam moer toda a safra disponível. A corretora também revisou para cima sua previsão de produção de açúcar na safra atual para 42,2 milhões de toneladas, com exportações de 33 milhões de toneladas. Para a nova temporada, a produção de açúcar é estimada em torno de 41,7 milhões de toneladas.
Os embarques de milho do Brasil para o exterior em janeiro foram estimados ontem em 3,73 milhões de toneladas, alta de 400 mil toneladas frente à estimativa da semana anterior, de acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). Ainda assim, os embarques deverão cair na comparação anual, quando o País exportou 4,86 milhões de toneladas. Após vendas recordes do cereal em 2023 e com a indústria local pagando mais pelo produto do que a exportação, os fluxos para o exterior ficaram mais lentos, disse a Anec anteriormente. Já a exportação de farelo de soja do Brasil deve alcançar 2,03 milhões de toneladas em janeiro, aumento de 280 mil toneladas na mesa comparação. Com isso, os embarques devem superar as 1,43 milhão de toneladas vistas no mesmo mês do ano anterior. A Anec praticamente manteve as suas projeções de exportações de soja e trigo para janeiro, respectivamente em 1,30 milhão de toneladas e 605 mil toneladas frente à semana anterior. No caso da soja, os embarques aumentarão em relação às 940 mil toneladas de janeiro do ano passado, em meio a maiores estoques.
A Cooxupé, maior cooperativa e exportadora de café do Brasil, em Guaxupé, no Sul de Minas, projeta receber até 7 milhões de sacas de 60 kg do produto em 2024, o que seria um aumento 7,7% em relação à safra passada, com a expectativa de maior produção. A informação foi divulgada ontem. Os números, porém, poderão mudar dependendo do impacto do clima sobre a produção, cuja colheita de grãos arábica começa por volta de maio. A Cooxupé negociou de 10% a 15% do volume esperado para o ano ante 30% no mesmo período de 2023, confirmou a assessoria de imprensa. Em entrevista ao Valor Econômico, o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto de Melo, disse que até agora foram negociados contratos para entrega de 700 mil sacas da safra atual versus 1,2 milhão de sacas negociadas no mesmo período de 2023. Segundo ele, os produtores estão mais lentos nas vendas, pois acreditam que os preços do café possam subir nos próximos meses. Isso por conta da escassez de estoques nos países produtores e consumidores, além da possibilidade de perdas na safra de outros países.
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