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Preço da fruta subiu 75% em 2023, maior alta da inflação no ano. Por outro lado, vilões do bolso do consumidor durante a pandemia tiveram queda de preços, como o óleo de soja e as carnes. Caixas de Morangos Festa do Morango
Festa do Morango/Divulgação
O preço do morango disparou 75% em 2023 e se consolidou como o alimento que mais encareceu no período, mostram dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (11).
🍓O que aconteceu no campo? O preço da muda subiu muito para o produtor rural e, com isso, muitos agricultores tiveram que repassar esse custo para o consumidor. Por causa deste aumento, inclusive, muitos produtores de São Paulo e Minas Gerais – principais estados que cultivam a fruta – resolveram reduzir o plantio. Com a diminuição da oferta, o valor no supermercado subiu.
O cultivo de morango depende muito da produção de mudas, cujo custo é semelhante ao de um plantio: envolve adubos, defensivos e embalagens, produtos que vêm aumentando ano a ano para o agricultor. “Então não teve como não repassar mais esses custos para preços”, explica Júlio César Nogueira de Sá, que tem estufas de morango em Atibaia.
Morango e passagem aérea: o que mais subiu em 2023
Outros itens ficaram mais caros ao longo do ano, como o azeite e o arroz, além de frutas e legumes, como a tangerina, laranja, pepino, abobrinha e cenoura.
Apesar disso, a inflação de alimentos, no geral, desacelerou de 2022 para 2023, influenciada pela queda de produtos que foram os grandes vilões do bolso do consumidor durante a pandemia, como as carnes e o óleo de soja.

Azeite também ficou mais caro
Azeite de oliva é ideal para pratos frios e também para ser consumido cru, em pães e pastas, mas também pode ser aquecido.
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O preço do azeite, que subiu 37% no ano, chamou a atenção do consumidor ao longo de 2023 e não deve ficar barato tão cedo. O produto disparou no Brasil após uma forte seca na Europa que reduziu a safra de azeitona.
“O El Niño, que tem provocado essas temperaturas médias acima do normal, deve prosseguir ao longo do primeiro trimestre. A gente só deve ver alguma reversão apenas na virada do primeiro para o segundo semestre do ano que vem”, disse Felippe Serigati, professor da FGV Agro, em entrevista ao Jornal Hoje.
O Brasil importa praticamente tudo o que consome de azeite, pois produz muito pouco.
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O que aconteceu com o arroz
O aumento de 24% no preço também foi influenciado por questões climáticas. A safra 2022/2023 teve perdas por causa de uma forte seca no Rio Grande do Sul, principal produtor do cereal no Brasil.
Além disso, as chuvas e os ciclones que atingiram atrapalharam a colheita e atrasaram o plantio da próxima safra.
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