A moeda norte-americana subiu 0,71%, cotada a R$ 4,9453. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira fechou em queda de 0,36%, aos 128.503 pontos.
Amanda Perobelli/Reuters
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores, fechou em queda nesta segunda-feira (29), iniciando uma semana marcada por decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos. O dólar, por sua vez, fechou em alta.
Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide a nova Selic, taxa básica de juros, hoje em 11,75% ao ano. A expectativa do mercado é de uma nova redução de 0,5 ponto percentual, levando a taxa Selic a 11,25% ao ano.
Já nos Estados Unidos, o mercado acredita que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve manter seus juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas trazendo alguma sinalização sobre quando o ciclo de cortes vai começar.
Nesta segunda, a bolsa de valores brasileira, a B3, informou que irá excluir as ações da Gol de todos os seus índices — incluindo o Ibovespa — devido ao processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A medida ocorrerá após o pregão de terça-feira (30).
De acordo com a B3, “a participação da empresa será redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o pertinente ajuste nos redutores”.
“A GOLL4 segue negociada normalmente, mas passa a ser listada na B3 sob o título de “Outras Condições” a partir do pregão de 30/1/2024”, concluiu a B3.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar subiu 0,71%, cotado a R$ 4,9453. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,71% na semana;
e ganhos de 1,91% no mês e no ano.
Na última sexta-feira (26), a moeda norte-americana caiu 0,24%, cotado a R$ 4,9105.
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,36%, aos 128.503 pontos.
Com o resultado, acumulou:
recuo de 0,36% na semana;
quedas de 4,23% no mês e no ano.
Na sexta, o índice teve alta de 0,62%, aos 128.967 pontos.
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O que está mexendo com os mercados?
A semana conta com algumas divulgações de indicadores econômicos, mas o destaque da agenda fica com as decisões de juros aqui e lá fora.
No Brasil, embora um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p.) já seja amplamente esperado pelo mercado, investidores devem ficar atentos à ata do Copom, com as sinalizações que mostram a visão do Comitê sobre a economia e, principalmente, sobre a questão fiscal do país.
Nos Estados Unidos, a atenção também deve ficar com a ata. Os investidores globais aguardam detalhes sobre os rumos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em relação aos juros da maior economia do mundo — há muita expectativa para quando a instituição deve iniciar o ciclo de cortes nas taxas.
Para além do cenário macroeconômico, algumas notícias corporativas também mexem com os mercados neste pregão.
A principal delas é sobre a falência da gigante imobiliária chinesa Evergrande. O tribunal de Hong Kong aceitou um pedido e decretou a falência da companhia nesta segunda-feira.
A juíza Linda Chan decidiu liquidar a incorporadora, que tem mais de US$ 300 bilhões de dívida total. A Evergrande não foi capaz de oferecer um plano de reestruturação concreto, mais de dois anos após dar um calote de sua dívida e depois de várias audiências judiciais.
“É hora de o tribunal dizer basta”, disse Chan no tribunal.
Entenda mais detalhes da decisão e saiba o que acontece agora na matéria abaixo:
Já no cenário doméstico, o Magazine Luiza informou que seu conselho de administração aprovou um aumento de capital privado de R$ 1,25 bilhão. Os aportes serão feitos pela família Trajano, controladores da companhia, com R$ 1 bilhão, e pelo banco BTG Pactual, com R$ 250 milhões.
“O aumento de capital representa uma transação relevante para o posicionamento estratégico da companhia”, disse o Magazine Luiza. “É uma demonstração de confiança dos controladores na companhia e em seu modelo de negócios, com potencial de aumentar sua participação acionária de 56,4% para 58,4% do capital total.”
Para Nicholas Kawasaki, estrategista-chefe da Nova Futura Private, o aumento de capital é positivo para ajudar a reduzir endividamento e impulsionar novos investimentos da empresa. “Mostra comprometimento e que o controlador acredita na retomada da empresa”, diz.
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