Pressão, segundo pesquisadores do Cepea-Esalq em Piracicaba (SP) veio do aumento da disponibilidade interna decorrente da queda nas exportações e da demanda doméstica enfraquecida, com despesas extras da população e recesso escolar. Produção de Frango
Reprodução
A queda nas exportações, menor poder de compra do consumidor e demanda doméstica enfraquecida fizeram os preços das carnes de frango e de porco caírem em janeiro de 2024, conforme aponta levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) do campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP).
Na comparação com dezembro do ano passado, as cotações do frango registraram quedas de até R$ 2,6%. – 👇Leia em detalhes, abaixo.
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O movimento de queda nas cotações do frango ocorre, de acordo com a pesquisa, devido ao aumento da oferta no mercado brasileiro, provocado pela diminuição da procura do alimento pelo consumidor interno que, nesta época do ano, costuma ter despesas previstas com tributos. A demanda doméstica também recua em época de recesso escolar.
“A pressão, segundo pesquisadores deste Centro, veio do aumento da disponibilidade interna decorrente da queda nas exportações e da demanda doméstica enfraquecida, [principalmente por] despesas extras da população e recesso escolar”, ressalta.
Atacado
No atacado da Grande São Paulo, a cotação média do frango inteiro resfriado foi de R$ 7,03 o quilo em janeiro deste ano, uma retração de 2,6% frente à de dez/23.
Para o produto congelado, a baixa foi de 2,5%, chegando a R$ 7,04 o quilo da ave.
“Já o frango vivo se sustentou no período, refletindo estratégia do setor de ajustar o alojamento de aves de corte com a demanda interna”, aponta o Cepea.
O preço médio do animal no estado de São Paulo foi de R$ 5,11/kg, praticamente estável (-0,2%) em relação ao mês anterior. Vale lembrar que, em junho de 2023, o vivo havia sido cotado ao menor desde fevereiro de 2021, de R$ 4,44/kg.
Contraste
O cenário se contrasta com o período de festas de fim de ano. Os valores do frango registraram alta entre outubro e novembro de 2023, segundo o Cepea. Em dezembro, o alimento quarto mês consecutivo com aumento nos preços, segundo pesquisa do Cepea, impulsionado pela menor oferta de carne de frango no mercado doméstico.
De acordo com avaliação do Cepea, com os feriados de novembro, houve diminuição nos dias úteis do mês para abate nas agroindústrias.
O valor médio do quilo do frango congelado no atacado das regiões da Grande São Paulo, São José do Rio Preto (SP) e Descalvado (SP) em 1º de outubro era de R$ 7,19. Na mesma data no mês de novembro, era de R$ 7,34, segundo cotação do Cepea com os colaboradores do setor.
Preços do suíno vivo e da carne do animal também caíram em janeiro de 2024
Divulgação
Suíno
Os preços do suíno vivo e da carne do animal também caíram em janeiro de 2024. Segundo pesquisadores do Cepea, as quedas foram resultado do baixo ritmo de exportação da proteína e da demanda interna enfraquecida.
Nos primeiros 19 dias úteis de janeiro, a média diária de carne suína embarcada foi de 3,7 mil toneladas, significativos 22,7% abaixo do desempenho apresentado em dez/23 – dados da Secex.
No mercado doméstico, as vendas fracas estiveram atreladas ao menor poder de compra da população em fim de mês, ao recesso escolar e à oferta elevada de suínos.
Na comparação com dezembro de 2023, o indicador do suíno vivo fechou com todos os patamares menores em todos os estados acompanhados pelo Cepea em janeiro de 2024.
Em Minas Gerais, a cotação do animal ficou em $ 6,87. No Paraná, a R$ 6,15. No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que tiveram os menores preços, o valor fechou em R$ 6,08 e em São Paulo, a R$ 6,55.
Indicador do Boi Gordo feiro pelo Cepea encerra janeiro de 2024 com queda acumulada de 2,9%, fechando a RR 245.
Agência Pará via BBC
Boi gordo
Após iniciar janeiro acima dos R$ 252 a arroba, o Indicador do Boi Gordo feiro pelo Cepea encerra janeiro de 2024 com queda acumulada de 2,9%, fechando no último dia do mês, nesta quarta-feira (31), a R$ 245.
Segundo pesquisadores do Cepea, as escalas de abate relativamente alongadas têm pressionado as cotações da arroba, sobretudo para animais destinados ao abastecimento do mercado doméstico.
“De modo geral, os preços oferecidos pelos frigoríficos não têm agradado produtores e geram certo desânimo para a reposição. Sem muita possibilidade de segurar os animais no pasto ou no cocho, tendo em vista que eleva os custos, pecuaristas tradicionais e confinadores vão testando seus limites individuais de viabilidade, tentando regular a oferta”, observa o Cepea.
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