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Eliziane Gama quer ser a primeira mulher a comandar o Senado
Romoaldo de Souza
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GRATIDÃO TEM LIMITE
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) anda batendo de porta em porta, colocando seu nome à disposição dos colegas “como uma alternativa, no sentido de que a Casa [Legislativa] seja comanda por uma mulher”.
Quando foi eleito presidente do Senado pela primeira vez, em 2021, Pacheco recebeu o apoio do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), a quem sucedeu, e fizeram um pacto de sangue, semelhante àqueles que na juventude o menino diz para a menina “fure o dedo, faz um pacto comigo”, como afirma o poeta Agenor Neto, na canção “Mais Feliz”, de Adriana Calcanhotto.
“Você me apoia e daqui a quatro anos eu lhe apoio para você retornar à essa cadeira”, teria dito Pacheco a Alcolumbre. Dito e feito. Agora, Eliziane Gama quer romper o tabu. Nunca uma mulher comandou o Senado Federal e, consequentemente, o Congresso Nacional.
UM CANTO, UM LAMENTO
A deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) iniciou seu discurso de protesto, contra a votação do Marco Temporal, entoando um canto do povo Xakriabá, que ela traduziu para a coluna: “Sou guerreira do povo Xakriabá e junto à nossa voz multiplique, ecoe em qualquer lugar.”
A líder indigenista protestava contra a regra que determina a data de 5 de outubro de 1988, como marco segundo o qual os povos indígenas têm direito de ocupar uma determinada área que ocupavam quando da promulgação da Constituição Federal.
“Continuo cantando aqui, porque na última sessão que tivemos, no final do ano, houve um assalto à mão armada por pessoas bem vestidas na tese do Marco Temporal (…) Não foi uma derrota somente para nós, povos indígenas”, lamentou a deputada em plenário.
BANDIDO BOM É BANDIDO PRESO
Embora o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), tenha dito que “há um consenso na Casa” para votar o projeto que põe fim à saidinha de presos, lideranças governistas ainda aguardam um sinal do Palácio do Planalto para dar início à articulação: contrária, a favor ou se libera a bancada.
Mas o deputado Coronel Meira (PL-PE) diz que “lugar de criminoso é na cadeia e não passeando, colocando terror na sociedade”. O parlamentar defende que o projeto seja votado “o quando antes” e se vier a ser concretizada a informação de que o presidente Lula da Silva (PT) vetaria a medida, “o veto terá de ser derrubado porque o atual presidente representa os beneficiados da saidinha e não as suas vítimas,” afirmou Meira.
PST – PELO SPORT, TUDO!
O deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) considerou “injusta” a punição que o Sport Club do Recife recebeu do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no episódio de atentado à delegação do Fortaleza, após a partida pela Copa do Nordeste.
“A punição deve ser severa e tratar o ato como vandalismo, tentativa de homicídio e criminosos. O Sport não pode ter uma pena inédita num episódio ocorrido a 8km do estádio. Segurança pública é dever do estado. Não da instituição Sport Club do Recife”, protestou Carreras.
O rubro-negro da Ilha do Retiro terá de atuar de portões fechados quando for mandante e sem direito a ingressos quando jogar como visitante, nas próximas partidas
PENSE NISSO!
Não faz nem um ano que o presidente Lula chamou de “fascistas” e “negacionistas”, setores do agronegócio que organizavam a Agrishow.
Agora, Lula colocou o seu ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, para “construir uma ponte” com o “agrobusiness” e marcar um “encontro informal” para “troca de ideias.”
Fávaro até já antecipou que a reunião vai ser na casa de campo, na Granja do Torto, “um ambiente descontraído, diferente do palácio”. No final dos trabalhos, “teremos um churrasquinho e um cafezinho”.
Parafraseando o ditado popular: na falta de apoio, minha picanha primeiro.
Pense nisso!
 

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