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Operando um modelo de infraestrutura e serviços agregados com foco no segmento do agronegócio, a startup Sol Internet of People pretende encerrar 2024 com cerca de 20 milhões de hectares cobertos com conectividade, a partir de um parque que deve alcançar entre 700 e 800 torres.
As metas foram abordadas pelo CEO da Sol, Rodrigo Oliveira, em conversa com TELETIME durante o Mobile World Congress 2024, realizado em Barcelona (Espanha). A startup encerrou 2023 com cerca de 450 torres ao lado de produtores rurais, permitindo cobertura móvel em 13 milhões de hectares cobertos – sendo 10 milhões destes conquistados ao longo do ano passado.
Entre os parceiros da empresa estão a Claro como operadora de telecom, a Huawei como fornecedora de rádios e a fabricante de maquinários agrícolas John Deere, que auxilia a Sol na ponte com os fazendeiros ao lado de suas concessionárias. Na mira da startup está o grande contingente de produtores rurais que não contam com soluções de conectividade adequadas no Brasil.
Parte do grupo RZK (que atua em segmentos como geração e comercialização de energia, agronegócio e empreendimentos imobiliários), a Sol é para todos os efeitos uma operadora de torres, reconheceu Oliveira. Mas no modelo, os produtores rurais cedem terrenos para instalação das estruturas de forma não onerosa, tendo como contrapartida não apenas a conectividade, mas também serviços de valor agregado.
"No começo pensamos em contratar torreiras, mas não existia essa expertise para o agro e ninguém operava dessa forma, então decidimos começar a construir e desenvolvemos também aplicações de telemetria, monitoramento, entre outras", relatou Oliveira.
Além dos serviços agregados, uma terceira camada de atuação é a consolidação de informações e insights dos produtores rurais – em um leque de informações útil para que os parceiros obtenham financiamentos junto ao mercado financeiro, relatou o CEO da Sol.
Além do impacto operacional da Internet, a empresa também destaca um reflexo indireto da habilitação da conectividade na população local das regiões cobertas. "Há a busca por produtividade para quem não pode ter um caminhão ou máquina parada nem por um minuto, mas a conectividade também muda a qualidade de vidas e traz entretenimento [nas regiões atendidas]", aponto Oliveira.


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