A Receita Federal deflagrou, nesta quarta-feira (13), a terceira fase da Operação Dagon, que investiga sonegação de impostos de produtores rurais do agronegócio, especialmente nos estados de Goiás e Bahia.
A operação visa desmantelar um um esquema fraudulento de empresas laranjas, chamadas de “noteiras”, que utilizam notas fiscais eletrônicas falsas para reduzir ou não pagar tributos devidos por pessoas físicas.
Segundo a Receita Federal, o esquema foi detectado em 2019 e resultou em uma movimentação de R$ 2,2 bilhões em notas fiscais eletrônicas frias no período de junho de 2019 a dezembro de 2022. Os altos valores das notas fiscais e frete caro e completo, que não compensaria finaceiramente o produtor rural, foram os fatores que chamaram atenção dos auditores fiscais.
O órgão também estima que mais de R$ 550 milhões de Imposto de Renda Pessoa Física deixaram de ser recolhidos aos cofres públicos devido ao esquema de fraude. Até o momento, os procedimentos de fiscalização resultaram na constituição de R$ 375,4 milhões em crédito tributário, incluindo imposto, multa e juros.