Localização Atual

Terça-feira, 19 de março de 2024
Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui
RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE
Por Redação O Sul | 17 de março de 2024
Compartilhe esta notícia:
O governo federal estuda formas de reduzir o preço dos alimentos, que subiu acima da inflação desde o início do ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou na última semana uma reunião para tratar do tema e deve conversar com representantes do agronegócio nesta semana.
Ao deixar a reunião, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que as alternativas devem entrar no Plano Safra 2024-2025, para aumentar a área plantada de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca, incluindo também a oferta de crédito aos produtores. Caso o preço não abaixe mesmo assim, a equipe econômica pode avaliar outras medidas.
A alta na inflação de alimentos é tratada como pontual e atribuída a questões climáticas, que impactam a produção desde o final do ano passado. Nos dois primeiros meses de 2024, o preço dos alimentos consumidos pelos domicílios brasileiros aumentou mais do que o dobro da inflação medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). O total acumulado do IPCA de janeiro e fevereiro é de 1,25%, enquanto apenas os alimentos subiram 2,95%. Somente em fevereiro, os alimentos em domicílio aumentaram 1,12%. As maiores altas foram na cebola (7,37%), batata-inglesa (6,79%), frutas (3,74%), arroz (3,69%) e o leite longa vida (3,49%). No ano passado, o preço dos alimentos fechou com a menor alta desde 2017.
“O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta de alimentos ocorrida no fim do ano. Porque, de fato, é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo”, declarou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, após a reunião. “Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas. Todo mundo assistiu ao excesso, à alta temperatura no Centro-Oeste. Foi um aumento sazonal, e a tendência agora é diminuir”, acrescentou.
Fávaro citou como exemplo o plantio de arroz no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão. Em outubro do ano passado, o excesso de chuvas no estado atrasou o plantio da safra 2023/2024. Até o momento, cerca de 10% da safra foi colhida. O ministro da Agricultura citou que o preço da saca do arroz já caiu de R$ 120 para R$ 100 para o produtor. “Esperamos que, com essa baixa, os atacadistas também abaixem (o preço) na gôndola dos supermercados, que é onde as pessoas compram”.
Os dados indicam uma desaceleração do aumento em relação aos meses passados. “Neste caso, houve influência do clima, por conta de temperaturas mais elevadas e um maior volume de chuvas”, comentou o gerente de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Almeida.
Segundo o IBGE, o clima extremo no ano passado trouxe impactos para a produção atual. O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), também divulgado nesta semana, estima que a safra de cereais, leguminosas e oleaginosas deve chegar a 300,7 milhões de toneladas, 4,7% a menos do que em 2023.
Compartilhe esta notícia:
Voltar Todas de Economia
Fale Conosco
© 2024 – Direitos Reservados – O Sul – Rede Pampa de Comunicação | RS – Brasil.

source

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Obrigado!

Recebemos sua mensagem com sucesso e nossa equipe entrará em contato em breve.