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Secas, enchentes e altas temperaturas são alguns dos fenômenos climáticos que podem impactar no desempenho do agronegócio. E com as adversidades do clima ainda mais frequentes e severas, os agricultores ficam suscetíveis às perdas de produção. 
Para protegê-los de prejuízos financeiros existe o seguro rural, um dos mais importantes instrumentos de política agrícola que indeniza o produtor por eventuais danos ao bem segurado e, também, pode viabilizar o acesso a linhas de crédito para a expansão do seu negócio. 
Para ser contemplado, o agricultor deve procurar um corretor de sua preferência ou uma instituição financeira que disponibiliza a subvenção. Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), ao contratar uma apólice de seguro rural, o produtor (pessoa física ou jurídica) pode minimizar suas perdas ao recuperar o capital investido na sua lavoura. 
Indenizações 
Segundo dados da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o seguro rural pagou cerca de R$ 4,7 bilhões em indenizações no ano passado. Além disso, houve uma arrecadação de R$ 13,9 bilhões. De acordo com o Mapa, 6,2 milhões de hectares são protegidos por esse tipo de benefício. 
“Os agricultores que receberam as indenizações puderam honrar os seus compromissos financeiros e se manter na atividade sem perdas. Aqueles que, porventura, não contrataram o seguro e tenham tido perdas, devem ter tido dificuldades em honrar os seus compromissos financeiros”, pontuou o presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Joaquim Neto. 
Segundo o Sistema de Estatísticas da Superintendência de Seguros Privados (SES/Susep), o seguro rural é o 3º maior grupo de seguros, representa 11,2% do mercado e é distribuído em diversos ramos: agrícola (40%), vida do produtor rural (28,1%), penhor rural (20,9%), benfeitorias e produtos agropecuários (9,8%), pecuário (0,7%), florestal (0,1%) e animais (0,1%).

Só no seguro agrícola, entre abril de 2012 e setembro de 2023, houve um repasse de R$ 26,6 bilhões em indenizações e uma arrecadação de R$ 32 bilhões, segundo a CNseg. 
Divisões
O presidente explicou que o seguro se divide principalmente em multirisco, com várias coberturas juntas ou risco nomeado, com um ou dois tipos de coberturas. O risco nomeado é direcionado para atender frutas, hortaliças, café e cana-de-açúcar. 
Já o seguro multirisco destina-se para as culturas de grãos como soja, milho e trigo e se divide entre produtividade ou custeio. O custeio garante o valor da aquisição dos insumos e a produtividade garante o quanto o trabalhador imagina produzir e comercializar na sua safra. 
No seguro agrícola, a área segurada estimada em 2023 foi de 11,3 milhões de hectares, redução de cerca de 30% em relação à 2021. Segundo Joaquim Neto, vários fatores podem ter ocasionado a diminuição. 
“O primeiro fator deve ter sido a diminuição do recurso de subvenção. O segundo foi relacionado ao aumento do custo de produção dos insumos, a questão do valor das commodities. Além disso, a questão dos eventos climáticos que ocorreram nesses períodos elevou um pouco o custo da contratação do seguro”, disse. 
Além da atividade agrícola, o seguro rural cobre a pecuária, o patrimônio do produtor rural, seus produtos, o crédito para comercialização desses produtos, além do seguro de vida dos produtores. 
Ocorrências 
Segundo o Registro Nacional de Sinistros (RNS) Rural, ferramenta desenvolvida pela CNseg, entre abril de 2012 a novembro de 2023, a seca foi a principal causa de sinistros, com 72.293, seguida pelo granizo, com 30.509 ocorrências, e geada, com 19.896.

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