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Segundo ANTAQ, entre os meses de maio e setembro, há uma maior demanda por frete marítimo
*Por: Marina Fávaro
O preço dos combustíveis tende a aumentar com períodos de instabilidade no Oriente Médio, já que a região é uma importante produtora e fornecedora de petróleo para o mercado internacional. As recentes movimentações do conflito na região chamaram a atenção de especialistas. 
O consultor em agronegócio José Carlos de Lima Júnior explica que a instabilidade no Oriente Médio pode ocasionar oscilações nas cotações do petróleo e, consequentemente, no preço dos fretes marítimos internacionais. Afinal, o fenômeno impacta diretamente no óleo combustível marítimo (MF) e no diesel marítimo (DMA). 
Segundo a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), entre os meses de maio e setembro, existe uma maior demanda por frete marítimo. O período é conhecido como Peak Season (Alta Temporada) e, como principal resultado, há a elevação do frete por meio de aumento direto em seu valor ou, até mesmo, por taxas adicionais.  
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“Se o mercado assumir que há risco de desequilíbrio entre oferta e demanda por combustível, as empresas de transporte marítimo incluirão a variável ‘risco de desabastecimento’ na composição dos fretes”, afirmou o consultor em agronegócio.  
Segundo ele, para precificar o risco, o setor de transporte marítimo passaria a monitorar o vencimento dos contratos futuros de petróleo e óleo. “Dado que a alta demanda por frete marítimo se dá entre os meses de maio e setembro, os valores futuros dos contratos com vencimento nesses meses se tornariam fatores utilizados no ajuste”, disse.   
Nesse contexto, como o setor do agronegócio pode ser impactado? O especialista destaca que “qualquer insumo importado pelo agronegócio brasileiro via ‘janela comercial marítima’ está exposto ao encarecimento do frete marítimo, o que impacta diretamente no mercado nacional”. 
O especialista conclui que “fertilizante seria o nome de ‘um dos bois’. Fato é que, independentemente das decisões da ONU [Organização das Nações Unidas] ou dos países envolvidos, a variável risco já está dada. O que falta é a sua força e amplitude”. 
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*Sob supervisão de Marcelo Ferri

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