Imagens de satélite mostram focos de incêndio na região do Pantanal, em cidades do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O bioma bateu recorde no primeiro semestre deste ano com a maior quantidade de focos de incêndio desde 1998, início da série história de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) sobre focos de queimadas no país.
Os focos de incêndios no Pantanal foram registrados por imagens de satélites entre os dias 24 e 25 de junho. Os municípios onde as queimadas ocorreram foram Cáceres, Poconé (ambas no Mato Grosso) e Corumbá (no Mato Grosso do Sul, onde o governo decretou situação de emergência).
No Pantanal, foram 3.262 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 23 de junho. O número é 22 vezes o registrado no mesmo período de 2023, segundo dados do INPE. Corumbá concentra a maior parte dos incêndios, com 1.291 focos. Como era de se esperar, a população tem sofrido com a fumaça que se espalha.
A causa desse aumento explosivo de focos de incêndio é uma combinação de fatores climáticos com a expansão da pecuária industrial e das áreas utilizadas para expansão de monoculturas, especialmente os de soja e cana de açúcar.
Se não realmente sério for feito para impedir o avanço do desmatamento no Pantanal, a perspectiva é de que um dos maiores alagados da Terra seque de forma irreversível.
Abaixo algumas imagens das torres de fumaça que hoje sobem no Pantanal. E lembrem: Agro é fogo!
Bacharel e Mestre em Geografia pela UFRJ e PhD em “Environmental Design and Planning” pela Virginia Tech. Professor Associado da Universidade Estadual do Norte Fluminense em Campos dos Goytacazes, RJ., com atuação nos Programas de Pós-Graduação em Políticas Sociais e Ecologia e Recursos Naturais. Pesquisador Colaborador Externo do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Universidade de Lisboa.
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