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Com o cargo cobiçado pelo Centrão desde meados do ano passado, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, aprimorou sua interlocução junto ao agronegócio e agora é poupado das críticas do setor ao governo Lula.
Até mesmo lideranças ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmam que o ministro escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne propostas adequadas para o agronegócio, mas tem as entregas limitadas pela resistência do Palácio do Planalto à agenda do segmento.
O presidente da Frente Parlamentar do Agronegócio, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), é um dos que criticam abertamente a linha política adotada pelo governo sem mirar a artilharia sobre o ministro. “O Ministério da Agricultura perdeu relevância neste terceiro governo Lula. O Ministério do Desenvolvimento Agrário está mais importante que o da Agricultura”, afirmou à Coluna do Estadão.
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Na derrubada do veto presidencial ao marco temporal, uma das pautas mais caras ao agronegócio, Carlos Fávaro licenciou-se do ministério para reassumir o mandato de senador e votar com a “bancada do boi”: ele descumpriu a orientação do governo e apoiou a derrubada do veto.
Também na contramão dos governistas, Fávaro ainda se posicionou ao lado da maioria dos empresários e ajudou a derrubar o veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamento, posteriormente alterada via Medida Provisória e agora alvo de discussão entre a equipe econômica e a cúpula do Congresso.
De acordo com auxiliares de Lula, a postura do ministro foi compreendida pelo Palácio do Planalto, já que a derrotada nos dois vetos já estava precificada e ajuda Fávaro a manter suas pontes com o setor.
No final do ano passado, o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou que o governo Lula é “difícil”, mas igualmente blindou o ministro de uma eventual fritura. “Temos uma relação razoavelmente boa com o ministro Fávaro. Deixamos claro que gostaríamos de discutir com o governo com uma pauta determinada”, declarou.

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