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MEIO AMBIENTE
Estudo do Inpe revelou que o Brasil já experimentou aumento de temperatura de 1,5 °C em algumas regiões
Henrique Almeida
As mudanças climáticas estão deixando uma marca indelével no cenário agrícola brasileiro, e a pergunta persistente é: como mitigar os efeitos das ondas de calor que têm prejudicado as produções agrícolas? Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgado em novembro de 2023, revelou que o Brasil já experimentou um aumento de temperatura de 1,5 °C em algumas regiões, acompanhado por mudanças nos padrões de chuva, com quedas entre 10% e 40% na precipitação média nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste.
O ano de 2023 evidenciou de forma concreta os impactos dessas mudanças climáticas no agronegócio brasileiro, especialmente por meio das ondas de calor. Um estudo encomendado pela Bayer e conduzido pela Kekst CNC, que entrevistou 800 produtores agrícolas em vários países, incluindo o Brasil, mostrou que 70% deles já observam impactos significativos dessas mudanças em suas propriedades.
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EVENTO
Victoria Almeida, gerente da rede de empresas da América Latina na Fundação Ellen MacArthur, analisa a situação. O setor de alimentos, que contribui de maneira significativa para a crise climática, está agora sofrendo as consequências diretas do aumento de temperatura. As secas na Espanha, por exemplo, levaram a uma duplicação dos preços do azeite em 2022, e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estima que a cafeicultura enfrentará desafios semelhantes em breve.
Diante desse cenário, alguns produtores pioneiros estão adotando práticas agrícolas regenerativas para aumentar a resiliência de suas produções e lidar com as mudanças climáticas. A agrofloresta, a rotação de culturas e as culturas de cobertura são algumas dessas práticas que promovem a regeneração do solo, aumentando sua capacidade de retenção de água e sequestro de carbono, além de fomentar a biodiversidade local.
Para enfrentar esses desafios, a migração para práticas de produção regenerativas, aliada à eliminação do desperdício de alimentos e ao uso de ingredientes melhores e reciclados, pode reduzir em até 70% as emissões de gases de efeito estufa (GEE) do sistema alimentar até 2050. A Fundação Ellen MacArthur, em sua série sobre design circular de alimentos, destaca como algumas empresas estão priorizando práticas agrícolas regenerativas para construir um futuro mais sustentável.
É crucial que produtores e empresas de alimentos atuem em conjunto, redesenhando os portfólios de produtos e criando demanda por ingredientes cultivados de maneira sustentável. Ao adotar abordagens inovadoras, é possível construir um sistema alimentar mais resiliente e alinhado com os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
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