No dia anterior, a moeda norte-americana recuou 0,38%, cotada a R$ 4,9626. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira teve alta de 2,21%, aos 130.416 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar opera com volatilidade nesta quarta-feira (7), oscilando entre leves altas e baixas.
Por um lado, o mercado interno repercute os números das contas públicas no ano passado, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta manhã.
Em 2023, o setor público consolidado registrou um rombo de quase R$ 250 bilhões, após um superávit de mais de R$ 125 bilhões em 2023 e acumulando uma piora de R$ 375,11 bilhões no ano.
Em contrapartida, novas falas de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), dando perspectivas de reduções nos juros dos Estados Unidos, e medidas do governo chinês para ajudar os mercados do país animam os investidores neste pregão.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Às 13h50, o dólar subia 0,03%, cotado a R$ 4,9639. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,38%, cotada a R$ 4,9626.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,11% na semana;
ganho de 0,51% no mês;
avanço de 2,27% no ano.
Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa caía 0,57%, aos 129.678 pontos.
A queda é bastante puxada pelo desempenho das ações do Bradesco, que despencavam cerca de 16% após a divulgação do balanço corporativo do quarto trimestre.
Em 2023, o banco teve um lucro líquido recorrente de R$ 16,3 bilhões, uma redução de 21% pelo segundo ano consecutivo, causada sobretudo pela alta de 22,4% nas despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD).
Na véspera, o índice fechou em alta de 2,21%, aos 130.416 pontos.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,54% na semana;
avanço de 2,09% no mês;
e queda de 2,81% no ano.
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O que está mexendo com os mercados?
Na agenda interna, o destaque fica com o resultado das contas do setor público em 2023. No ano passado, as contas públicas registraram um déficit primário de R$ 249,12 bilhões, o que representa 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
O déficit primário acontece quando a diferença entre todas as despesas e receitas do governo, excluindo os gastos com pagamentos de juros da dívida pública, é negativo.
Esse foi o pior registro desde 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, e o segundo pior número da série histórica do BC.
O resultado em 2023 foi dividido da seguinte forma:
governo federal registrou déficit de R$ 264,53 bilhões;
estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 27,49 bilhões;
empresas estatais apresentaram déficit de R$ 2,26 bilhões.
Em 2022, o resultado foi de um superávit de R$ 125,99 bilhões.
As principais razões para o déficit bilionário são o aumento das despesas com a aprovação da PEC da Transição, o pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios devidos pelo governo anterior, e o pagamento de mais de R$ 20 bilhões para compensar estados por perdas com o ICMS.
No exterior, investidores seguem de olho no que autoridades do Fed falam a respeito dos juros nos Estados Unidos, na expectativa pelo início do ciclo de cortes.
Analistas do BTG Pactual destacam que, ontem, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que as autoridades ganharão confiança para reduzir as taxas ainda este ano se a economia evoluir conforme o esperado.
Atualmente, as taxas de juros na maior economia do mundo estão entre 5,25% e 5,50% ao ano e a perspectiva é que o BC americano comece os cortes em maio.
Além disso, na China, autoridades anunciaram uma série de medidas para ajudar os mercados de ações nos últimos dias, depois que as ações domésticas caíram para mínimas de cinco anos na semana passada.
“A recente turbulência no mercado pode levar a movimentos mais decisivos e rápidos por parte da equipe nacional para ajudar a restaurar a confiança”, disseram economistas do HSBC em uma nota.
Juros mais baixos nos Estados Unidos e uma melhora na economia chinesa são vistos como boas notícias para o Brasil, o que traz um tom um pouco mais positivo para o pregão.
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