A moeda norte-americana subiu 0,11%, cotada a R$ 4,9679. Já o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira encerrou com queda de 0,36%, aos 129.950 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar fechou em alta nesta quarta-feira (7), após passar boa parte do dia oscilando entre altas e baixas.
No cenário doméstico, investidores repercutiram os números das contas públicas no ano passado, divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta manhã. O setor público consolidado apresentou uma piora de R$ 375 bilhões em 2023. (veja mais abaixo)
Já no exterior, novas falas de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuaram no radar, em meio às expectativas pelo início dos cortes de juros nos Estados Unidos. Medidas do governo chinês para ajudar os mercados do país também ficaram sob os holofotes.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, encerrou em queda.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar subiu 0,11%, cotado a R$ 4,9679. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,01% na semana;
ganho de 0,62% no mês;
avanço de 2,38% no ano.
No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,38%, cotada a R$ 4,9626.
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou com um recuo de 0,36%, aos 129.950 pontos.
O movimento foi impulsionado pelo desempenho das ações do Bradesco, que despencaram mais de 15% e lideraram as maiores quedas da sessão, após o banco ter divulgado seu resultado do quarto trimestre de 2023.
No ano passado, o banco teve um lucro líquido recorrente de R$ 16,3 bilhões, uma redução de 21% pelo segundo ano consecutivo, causada sobretudo pela alta de 22,4% nas despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD).
Juntos, os quatro maiores bancos privados do país registraram uma retração de quase 10% no lucro líquido de 2023.
Com o resultado, acumulou:
alta de 2,19% na semana;
avanço de 1,73% no mês;
e queda de 3,15% no ano.
Na véspera, o índice fechou em alta de 2,21%, aos 130.416 pontos.
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O que está mexendo com os mercados?
Na agenda interna, o destaque ficou com o resultado das contas do setor público em 2023. No ano passado, as contas públicas registraram um déficit primário de R$ 249,12 bilhões, o que representa 2,29% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
O déficit primário acontece quando a diferença entre todas as despesas e receitas do governo, excluindo os gastos com pagamentos de juros da dívida pública, é negativo.
Esse foi o pior registro desde 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19, e o segundo pior número da série histórica do BC.
O resultado em 2023 foi dividido da seguinte forma:
governo federal registrou déficit de R$ 264,53 bilhões;
estados e municípios tiveram saldo superavitário de R$ 27,49 bilhões;
empresas estatais apresentaram déficit de R$ 2,26 bilhões.
Em 2022, o resultado foi de um superávit de R$ 125,99 bilhões. Com isso, o setor público consolidado registrou uma piora de R$ 375 bilhões em 2023.
As principais razões para o déficit bilionário são o aumento das despesas com a aprovação da PEC da Transição, o pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios devidos pelo governo anterior, e o pagamento de mais de R$ 20 bilhões para compensar estados por perdas com o ICMS.
No exterior, investidores seguiram de olho no que autoridades do Fed falam a respeito dos juros nos Estados Unidos, na expectativa pelo início do ciclo de cortes.
Analistas do BTG Pactual destacam que, ontem, a presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester, disse que as autoridades ganharão confiança para reduzir as taxas ainda este ano se a economia evoluir conforme o esperado.
Atualmente, as taxas de juros na maior economia do mundo estão entre 5,25% e 5,50% ao ano e a perspectiva é que o BC americano comece os cortes em maio.
Juros mais baixos nos Estados Unidos e uma melhora na economia chinesa são vistos como boas notícias para o Brasil, o que traz um tom um pouco mais positivo para o pregão.
Além disso, na China, autoridades anunciaram uma série de medidas para ajudar os mercados de ações nos últimos dias, depois que as ações domésticas caíram para mínimas de cinco anos na semana passada.
“A recente turbulência no mercado pode levar a movimentos mais decisivos e rápidos por parte da equipe nacional para ajudar a restaurar a confiança”, disseram economistas do HSBC em uma nota.
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