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Oferecem soluções financeiras relacionadas à gestão e operação das propriedades rurais
Pixabay
O termo é novo e foi criado para designar as empresas que combinam a inovação tecnológica do setor financeiro com as necessidades do setor agrícola. Essa interseção tem trazido novas soluções para agricultores, pecuaristas e demais agentes da cadeia produtiva.
Uma agfintech envolve o uso de tecnologias digitais, como aplicativos móveis, plataformas online e análises de dados para fornecer serviços financeiros personalizados para agricultores, pecuaristas e outros atores do agronegócio.🖥️👩💻🖨️
A ideia é facilitar o acesso a serviços financeiros, agilizar as transações e melhorar a gestão financeira no campo. Para Gabriela Joubert, estrategista-chefe do Inter e Matheus Amaral, analista de bancos do Inter, a busca por digitalização seguirá cada vez mais intensa à medida que a tecnologia e o acesso a ela se popularizam.
“Omercado de crédito rural de um modo geral segue essa tendência. É um ambiente que passar por modernizações para atender a demanda cada vez mais digital”, disse Gabriela.
As agfintechs podem ser classificadas em três categorias, de acordo com o Índice de Confiança do Agronegócio, considerando as etapas antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira.
Concentram-se em fornecer soluções financeiras para as etapas iniciais da cadeia produtiva agrícola.
Englobam desde o financiamento agro para a aquisição de insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes e defensivos, até a oferta de crédito rural para custeio da produção.
Auxiliam os agricultores a obter recursos financeiros necessários para iniciar suas atividades e garantir o adequado manejo das lavouras.
Uma agfintech opera por meio de plataformas online e aplicativos móveis, oferecendo soluções financeiras personalizadas para o setor agrícola:
Leonardo Alencar, head de Agro, Alimentos e Bebidas da XP explica que, no caso do Brasil, entre outros benefícios, um dos mais significativos é com relação ao crédito. Segundo o especialista, o agronegócio ainda é carente de crédito, mesmo com o Plano Safra. E é neste contexto que entram as agfintechs.
“As agfintechs vem ocupando esse espaço, com análise dos produtores para poder fazer uma carteira de crédito mais inteligente e ajudar no processo de captação desse dinheiro. Tem sido um ponto relevante nos últimos tempos”,disse Alencar.
Por meio de plataformas online, os agricultores podem solicitar empréstimos de maneira mais conveniente e receber respostas mais rápidas, podendo fazer investimentos, adquirir insumos agrícolas e modernizar suas operações.
Uma das pesquisas mais recentes sobre o cenário das agfintechs no território nacional é oRadar Agtech Brasil 2021/2022. Esse relatório foi feito pela Embrapa, SP Ventures e Homo Ludens com apoio do Distrito e descobriu que existem 1.703 startups atuando no agronegócio. Um valor de 7,5% a mais do que o registrado no Radar. Dessa quantidade, 1046 estão no Sudeste, 436 no Sul, 106 no Centro Oeste, 89 no Nordeste e 26 no Norte.
São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Piracicaba (SP) são as três cidades com mais agtechs do Brasil.
Outro dado é que 44,4% dessas empresas atuam depois da fazenda, 41,4% dentro da fazenda e a menor parte, 14,2% atua antes da fazenda.
Em relação aos investimentos recentes, oAgTech Pocket Report 2022descobriu que o Brasil fica em 6ª lugar nos países que mais investem no setor. Ele também encontrou uma concentração dos aportes do investimento de risco nas startups da agricultura de precisão.
O relatório também apresentou algumas tendências centrais: “carne de laboratório, a regularização do mercado de carbono no Brasil e redução do número de hectare por cabeça de gado — as duas últimas fazem parte da política de carbono zero.
“O mundo das agfintechs ainda está incipiente no Brasil, está crescendo muito e atraído investimento de outros países”, conclui.
(*) Com informações da CNN
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