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Levantamento da SAE Brasil aponta que 70% das propriedades não têm conexão com a internet, o que dificulta a otimização de processos e o consequente aumento da produção
A falta de conectividade ainda é um desafio para o agronegócio no país, bem como a capacitação de mão de obra. É o que aponta a primeira edição da pesquisa “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio: Oportunidades, Desafios e Perspectivas”.
O estudo foi conduzido pela SAE Brasil em parceria com a KPMG e a agência de notícias Autodata. Os dados e conclusões foram divulgados na quarta-feira, 28, na sede da Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), em São Paulo.
Entre os respondentes, 30% compõem grupo com faturamento anual de até R$ 5 milhões. Em segundo lugar está o conjunto com renda anual acima dos R$ 3 bilhões (18%). Além disso, 55% destes trabalham em propriedades de médio porte. 30% dos empresários, por sua vez, atuam em grandes propriedades e 15% são donos de propriedades de pequeno porte.
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Embora 44% considerarem que a adoção de novas tecnologias é capaz de otimizar produção e reduzir custos, apenas 30% disseram ter conexão com a internet em seus estabelecimentos agrícolas. Dentro dessa faixa, somente 16% dos respondentes disseram ter sinal de alta qualidade em toda a propriedade.
A pesquisa salienta, porém, iniciativas como a Conectar Agro e a Campo Conectado, que unem empresas de segmentos de serviços, tecnologia e agronegócio para suprir a lacuna nas conexões de banda larga. 
Nos últimos quatro anos, o estudo pontua, 18 milhões de hectares receberam a instalação de antenas, ampliando a cobertura para aproximadamente 23% da área total de cultivo de grãos no país – hoje estimada em 78 milhões de hectares.
Se a conectividade é fator que já vem sendo de algum modo remediado, a capacitação da mão de obra segue sendo motivo de grande preocupação. A maioria dos entrevistados, 38%, diz que este é o grande desafio do agronegócio brasileiro no momento.
Além disso, outro fator que gera incertezas é a rapidez na obsolescência das tecnologias, que podem inviabializar a utilização de um equipamento caso seus recursos e sistemas não mais possam ser atualizados.
O estudo mostra que tal questão conversa com a falta de conectividade nos estabelecimentos agrícolas e, claro, com a capacitação da mão de obra. Ponto também importante a ser observado é o da preocupação com as máquinas autônomas. Para 23%, ainda há dúvidas sobre funcionamento desses equipamentos e até que ponto sua utilização elimina riscos da operação. 
>> Confira aqui a Pesquisa Caminhos da Tecnologia no Agronegócio
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