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A previsão é de chuvas abaixo do normal sobre importantes áreas agrícolas no Brasil, o que pode gerar mais impactos sobre lavouras tardias. O excesso de umidade no Nordeste também preocupa.
A produção agrícola no Brasil segue a todo vapor mesmo enfrentandoadversidades climáticas em um período de enfraquecimento do El Niño.Além das chuvas irregulares,muitas lavouras têm sentido o forte impacto do calor excessivo, o que acaba forçando que o produtor desacelere o ritmo do plantio do milho segunda safra, por exemplo, porém, isso aumenta mais orisco de corte da chuvaem um período ainda crucial como o enchimento de grãos.
Segundo dados daCONAB,mais de 75% das lavouras de milho safrinha no Brasil estão em desenvolvimento vegetativo, ou seja, já com necessidade de uma manutenção hídrica no solo, o que não tem acontecido de maneira bem distribuída nos estados deMato Grosso,Goiás,São Paulo,Paranáe principalmente emMato Grosso do Sulque tem registradodias consecutivos de seca e temperaturas beirando os 40°C.
Falando de grandes commodities cultivadas no Brasil, além do milho tem oalgodão que já foi praticamente 100% semeado, apresentando atrasos comparados ao ano passado emGoiáse naBahia. Apesar da falta de chuva regular em muitas áreas que cultivam o algodão no Centro-Oeste nessas últimas semanas,o clima tem sido favorável para o manejo fitossanitário para o controle do bicudo-do-algodoeiro e percevejos.
O mês de fevereiro está chegando ao fim comchuvas mais concentradas sobre partes do Nordeste e do Norte por conta da forte atuação da ZCIT, e isso vai persistir nos primeiros dias de março já com alertas de volumes elevados e potencial para transtornos e prejuízos no campo.São esperados volumes perto dos 200 milímetros ou maisentre o nordeste doPará, oMaranhão, norte doPiauíe doCeará, além de volumes elevados também em uma faixa que vai doRio Grande do NorteaoAcre.
Por outro lado, em partes do centro-sul do país, até existe chance para alguns eventos extremos de chuva e temporais, mas isso de maneira mal organizada. Os pontos de maior atenção devem ser a fronteira oeste doRio Grande do Sule a faixa leste desdeSanta Catarinaaté oEspírito Santo.
Enquanto isso, umcenário de pouca chuva e calor excessivo vai persistir na parte central do país, entre Mato Grosso do Sul, oeste de São Paulo, Triângulo Mineiro, sul de Goiás e sul de Mato Grosso. A temperatura máxima pode ultrapassar os 40°C na tarde de sexta-feira, primeiro dia de março.
O mês de março vai começar com algumasmudanças na distribuição de chuva comparado a fevereiro, por um lado isso será benéfico para a manutenção hídrica em lavouras, mas por outro, pode aumentar as preocupações em áreas mais secas e quentes.
Para entendermos melhor como o mês vai se desdobrar separamos março em quatro períodos mostrados nos mapas abaixo.É importante ressaltar que as áreas em verde representam maior condição de umidade e as áreas em laranja, maior condição de seca.
Para operíodo de 04 a 11 de março, nota-se uma continuidade daschuvas mais frequentes sobre boa parte do Nordestedevido à influência da ZCIT (Zona de Convergência Intertropical). Mas em contrapartida, também existe umaprevisão de retorno da umidade sobre a região Sulcom a chegada de novas instabilidades que vão se organizar a partir do interior do continente associadas a uma área de baixa pressão atmosférica.
Para operíodo de 11 a 18 de março, ainda deve haver essa distribuição das chuvas, mais concentradas sobre a faixa norte do Brasil por influência da ZCIT e também sobre partes do centro-sul do país, o que dáindícios para a formação e o avanço de uma frete fria, que além de gerar chuvas sobre áreas produtoras do Sul, também pode mudar o tempo no sul de Mato Grosso do Sul, partes de São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais.
Oalívio para o centro-norte brasileiro vem na segunda metade de março, a qual a tendência é de avanço das instabilidades que podem ficar mais organizadas com apossibilidade de formação de uma nova ZCAS(Zona de Convergência do Atlântico Sul). Os mapas dos períodos de 18 a 25 de março e de 25 de março a 1° de abril, deixam claro essa tendência de maior umidade, de chuvas mais concentradas.
Apesar das duas primeiras semanas com influência da ZCIT sobre o norte do Nordeste, boa parte do MATOPIBA ainda continuará com tempo mais seco, ou seja,essa tendência de maior umidade durante a 3ª e 4ª semana do mês é fundamental para o desenvolvimento das lavouras especialmente naBahia.
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