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A participação feminina no agronegócio vem crescendo significativamente, ocupando cada vez mais espaço em diferentes áreas, desde o plantio e a colheita até a gestão de propriedades e veículos. Apesar do avanço, as mulheres ainda representam apenas 16% da mão de obra do setor, enfrentando desafios como a desvalorização do trabalho e a tripla jornada.Para debater o tema, o programa Nossa Voz reuniu a presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Petrolina, Maria Joelma; a engenheira agrônoma e consultora técnica da Seiva do Vale, Janaina dos Reis; e a trabalhadora rural Leidiane da Conceição de Lima.Participação crescente, mas ainda desigualMaria Joelma destacou a força da mão de obra feminina no campo, especialmente na região irrigada de Petrolina, onde as mulheres conquistaram sua independência. Apesar do crescimento, ela ressalta a necessidade de valorizar essa mão de obra e combater a desigualdade salarial.“A maioria da nossa equipe é composta por mulheres, tanto na operação quanto na diretoria. Isso é muito bom, especialmente no agronegócio da nossa região, que é baseado na fruticultura irrigada. Isso permite que as mulheres tenham sua independência. No entanto, ainda precisamos valorizar mais essa mão de obra feminina”, contou Maria Joelma. Janaina dos Reis, por sua vez, reforça a importância da qualificação profissional para que as mulheres possam ascender a cargos de liderança e gestão. Ela destaca as oportunidades em diferentes áreas da fruticultura e a crescente presença feminina em cargos técnicos e administrativos. “Embora a porcentagem ainda seja pequena, cada vez mais encontramos mulheres no agronegócio. E elas estão fazendo a diferença! No dia a dia das fazendas, os elogios que recebemos do trabalho das mulheres comprovam o quanto elas são essenciais. A cada ano conquistamos mais espaço, quebrando tabus e mostrando que podemos fazer tudo que antigamente era considerado “coisa de homem”. Inclusive, brinco com os colegas que daqui uns dias só vai ter mulher no agro!”Leidiane da Conceição de Lima compartilhou sua experiência como trabalhadora rural, relatando a rotina de trabalho no Packing House e a importância do cuidado com a fruta. “Comecei no campo, fazendo várias atividades, e depois fui transferida para o pack. Aqui no Pequi House, o trabalho é intenso! É correria para embalar as frutas nos containers, com uma média de 60 caixas por dia. Algumas mulheres arretadas conseguem até mais! O cuidado com a fruta é fundamental: nada de machucados ou doenças. Cada fruta precisa ser bem limpa e manuseada com cuidado.”Desafios da tripla jornadaJanaina dos Reis, que concilia a carreira de engenheira agrônoma com a maternidade, abordou os desafios da tripla jornada enfrentada pelas mulheres no agronegócio. Ela relata a necessidade de organização e apoio familiar para conciliar as responsabilidades profissionais e maternas.“Ser mãe é a maior realização de uma mulher, mas não é fácil! Eu queria ter três filhos, mas com apenas um já encerrei a carreira. Conciliar a maternidade com a carreira é desafiador, ainda mais quando você não tem um horário fixo de trabalho. Eu viajo muito a trabalho e meu marido também, então a rotina é meio caótica. Mas depois do primeiro filho a gente aprende a se organizar e dar atenção aos filhos, porque eles cobram!”Maria Joelma, que também é mãe de três filhos, compartilha sua experiência como sindicalista e defensora dos direitos das trabalhadoras rurais. Ela relata sua trajetória profissional e a paixão pelo que faz, além de seus planos de cursar Direito para defender ainda mais os direitos do seu povo.“Comecei a trabalhar no campo aos 14 anos e aprendi a amar o que faço. Concilio a jornada tripla de trabalho com a família, pois amo ser mãe e defender o nosso povo. Se não fosse sindicalista, seria advogada, pois gosto de defender os outros. Nasci para ser mãe e para lutar por um futuro melhor”. O debate evidenciou o avanço da participação feminina no agronegócio, mas também os desafios que ainda precisam ser superados para alcançar a igualdade de oportunidades e reconhecimento profissional. A valorização do trabalho feminino, a formalização da mão de obra e a qualificação profissional são essenciais para garantir que as mulheres assumam o lugar que merecem no setor.O Nossa Voz tem feito um programa especial da semana da mulher que debate temas relevantes para a sociedade. A edição sobre o espaço da mulher no agronegócio trouxe à tona a importância da participação feminina nesse setor fundamental para a economia brasileira.


A participação feminina no agronegócio vem crescendo significativamente, ocupando cada vez mais espaço em diferentes áreas, desde o plantio e a colheita até a gestão de propriedades e veículos. Apesar do avanço, as mulheres ainda representam apenas 16% da mão de obra do setor, enfrentando desafios como a desvalorização do trabalho e a tripla jornada.Para debater o tema, o programa Nossa Voz reuniu a presidente do sindicato dos trabalhadores rurais de Petrolina, Maria Joelma; a engenheira agrônoma e consultora técnica da Seiva do Vale, Janaina dos Reis; e a trabalhadora rural Leidiane da Conceição de Lima.Participação crescente, mas ainda desigualMaria Joelma destacou a força da mão de obra feminina no campo, especialmente na região irrigada de Petrolina, onde as mulheres conquistaram sua independência. Apesar do crescimento, ela ressalta a necessidade de valorizar essa mão de obra e combater a desigualdade salarial.“A maioria da nossa equipe é composta por mulheres, tanto na operação quanto na diretoria. Isso é muito bom, especialmente no agronegócio da nossa região, que é baseado na fruticultura irrigada. Isso permite que as mulheres tenham sua independência. No entanto, ainda precisamos valorizar mais essa mão de obra feminina”, contou Maria Joelma. Janaina dos Reis, por sua vez, reforça a importância da qualificação profissional para que as mulheres possam ascender a cargos de liderança e gestão. Ela destaca as oportunidades em diferentes áreas da fruticultura e a crescente presença feminina em cargos técnicos e administrativos. “Embora a porcentagem ainda seja pequena, cada vez mais encontramos mulheres no agronegócio. E elas estão fazendo a diferença! No dia a dia das fazendas, os elogios que recebemos do trabalho das mulheres comprovam o quanto elas são essenciais. A cada ano conquistamos mais espaço, quebrando tabus e mostrando que podemos fazer tudo que antigamente era considerado “coisa de homem”. Inclusive, brinco com os colegas que daqui uns dias só vai ter mulher no agro!”Leidiane da Conceição de Lima compartilhou sua experiência como trabalhadora rural, relatando a rotina de trabalho no Packing House e a importância do cuidado com a fruta. “Comecei no campo, fazendo várias atividades, e depois fui transferida para o pack. Aqui no Pequi House, o trabalho é intenso! É correria para embalar as frutas nos containers, com uma média de 60 caixas por dia. Algumas mulheres arretadas conseguem até mais! O cuidado com a fruta é fundamental: nada de machucados ou doenças. Cada fruta precisa ser bem limpa e manuseada com cuidado.”Desafios da tripla jornadaJanaina dos Reis, que concilia a carreira de engenheira agrônoma com a maternidade, abordou os desafios da tripla jornada enfrentada pelas mulheres no agronegócio. Ela relata a necessidade de organização e apoio familiar para conciliar as responsabilidades profissionais e maternas.“Ser mãe é a maior realização de uma mulher, mas não é fácil! Eu queria ter três filhos, mas com apenas um já encerrei a carreira. Conciliar a maternidade com a carreira é desafiador, ainda mais quando você não tem um horário fixo de trabalho. Eu viajo muito a trabalho e meu marido também, então a rotina é meio caótica. Mas depois do primeiro filho a gente aprende a se organizar e dar atenção aos filhos, porque eles cobram!”Maria Joelma, que também é mãe de três filhos, compartilha sua experiência como sindicalista e defensora dos direitos das trabalhadoras rurais. Ela relata sua trajetória profissional e a paixão pelo que faz, além de seus planos de cursar Direito para defender ainda mais os direitos do seu povo.“Comecei a trabalhar no campo aos 14 anos e aprendi a amar o que faço. Concilio a jornada tripla de trabalho com a família, pois amo ser mãe e defender o nosso povo. Se não fosse sindicalista, seria advogada, pois gosto de defender os outros. Nasci para ser mãe e para lutar por um futuro melhor”. O debate evidenciou o avanço da participação feminina no agronegócio, mas também os desafios que ainda precisam ser superados para alcançar a igualdade de oportunidades e reconhecimento profissional. A valorização do trabalho feminino, a formalização da mão de obra e a qualificação profissional são essenciais para garantir que as mulheres assumam o lugar que merecem no setor.O Nossa Voz tem feito um programa especial da semana da mulher que debate temas relevantes para a sociedade. A edição sobre o espaço da mulher no agronegócio trouxe à tona a importância da participação feminina nesse setor fundamental para a economia brasileira.
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