A moeda norte-americana subiu 0,19%, cotada a R$ 4,9823. Já o principal índice acionário da B3 encerrou em queda de 0,05%, aos 126.863 pontos. Cédulas de dólar
bearfotos/Freepik
O dólar fechou em alta nesta terça-feira (26), com investidores repercutindo novos dados de inflação e a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), ambos divulgados nesta manhã.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do mês, subiu 0,36% em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acima das projeções do mercado.
Além disso, o Copom sinalizou em sua ata que incertezas do cenário sobre a inflação nos próximos meses impedem o comitê de projetar um novo corte da Selic, taxa básica de juros, em junho. O documento também indicou um “ritmo mais lento” de cortes nos próximos meses.
O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, a B3, encerrou em queda, após passar boa parte do pregão oscilando entre altas e baixas.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Dólar
Ao final da sessão, o dólar avançou 0,19%, cotado a R$ 4,9823. Na máxima, alcançou os R$ 4,9939. Veja mais cotações.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,32% na semana;
ganho de 0,20% no mês;
avanço de 2,67% no ano.
No dia anterior, a moeda norte-americana teve baixa de 0,51%, cotado a R$ 4,9729.
Ibovespa
Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,05%, aos 126.863 pontos.
Com o resultado, acumulou recuos de:
0,13% na semana;
1,67% no mês;
5,46% no ano.
Na véspera, o índice teve queda de 0,08%, aos 126.931 pontos.
Entenda o que faz o dólar subir ou descer
DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens?
DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda?
O que está mexendo com os mercados?
A sessão começou com a divulgação de dados importantes no Brasil. Entre os destaques do dia ficou a prévia da inflação de março, medida pelo IPCA-15, que veio acima do esperado pelos analistas.
O indicador subiu 0,36% no mês, contra a expectativa de 0,32%. A alta mais uma vez foi puxada pelos alimentos, com o grupo de Alimentação e Bebidas tendo registrado um avanço de 0,91% — impacto de 0,19 ponto percentual no índice geral.
Mesmo com a alta, o IPCA-15 ainda teve uma desaceleração de 0,42 p.p. na comparação com fevereiro, quando registrou avanço de 0,78%. Em março de 2023, o IPCA-15 foi de 0,69%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,14%.
Para Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, o resultado mostra que o IPCA-15 “não só veio acima (do esperado), como a abertura também continua ruim”,
“Na média de três meses anualizada, os serviços subjacentes aceleraram para 5,8%; nos industriais, praticamente zerou e, nos alimentos, o indicador acelerou para 5,4%”, explica o economista.
Essa perspectiva ajuda a explicar, também, outra divulgação importante do dia: a ata do Copom. O Banco Central (BC) sinalizou que deve ser mais ponderado com os próximos cortes na taxa Selic, hoje em 10,75% ao ano, por conta das incertezas que rondam o cenário de inflação.
“Alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária (de corte dos juros) pode revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje atingir”, disse a instituição.
O Copom promoveu seis cortes consecutivos de 0,5 ponto percentual nos juros. Com isso, a taxa Selic caiu de 13,75% ao ano em junho do ano passado para os 10,75% ao ano na reunião da última semana.
Além disso, o BC também divulgou mais uma edição do Boletim Focus — relatório que reúne as projeções dos economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país.
Nesta edição, os especialistas reduziram as projeções para a inflação de 2024 de 3,79% para 3,75%, enquanto a expectativa para 202 cai de 3,52% para 3,51%.
Para o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a estimativa de crescimento subiu de 1,80% para 1,85%. Foi a sexta alta seguida do indicador. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%.
No noticiário, balanços corporativos também ficaram no radar.
source