Por Paulo Santos— São Paulo
As exportações do agronegócio atingiram US$ 14,21 bilhões em março, conforme dados divulgados pela Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura. O faturamento caiu 10,8% na comparação com o mesmo período do ano passado.
De acordo com a Pasta, o resultado é explicado pela queda internacional dos preços dos alimentos. O índice de preços dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil caiu 11,9% em março em comparação com o mesmo mês de 2023, apesar da quantidade exportada ter aumentado em 1,3%.
Os cinco principais setores exportadores em março foram: complexosoja(44,3% de participação nas exportações do agronegócio brasileiro); carnes (12,8% de participação); complexo sucroalcooleiro (11,3% de participação); produtos florestais (9,4% de participação); ecafé(5,7% de participação). Os cinco setores foram responsáveis por 83,4% do valor total exportado pelo Brasil no último mês.
Em março, o complexosojafoi o principal setor exportador do agronegócio. Ainda assim, as exportações do setor 27,2%, com receitas de US$ 6,30 milhões (-27,2%). “A diminuição das vendas externas do setor ocorreu principalmente devido à queda dos preços internacionais dasojaem grão, em função de projeções de ampla oferta global”, destacou a nota do ministério.
Já entre os países importadores de produtos do agronegócio brasileiro, a China continua com o primeiro lugar entre os principais destinos, com participação nas exportações brasileiras do agronegócio de 35,9% ou o equivalente a US$ 5,10 bilhões (-23,0%).
Já no acumulado de janeiro a março de 2024, as exportações brasileiras do agronegócio atingiram um faturamento de US$ 37,44 bilhões, crescimento de 4,4% na comparação com o resultado do mesmo período do ano passado e ainda um recorde para o trimestre.
Segundo dados da Pasta, esse aumento em valor reflete a expansão na quantidade de produtos agro embarcada, que aumentou 14,6%, compensando a queda no índice de preços, que foi de 8,8%.
O agronegócio representou 47,8% das vendas externas totais do Brasil no período, um pouco acima dos 47,3% observados no primeiro trimestre de 2023.
Nestes três meses, a balança foi puxada, principalmente, pelo aumento nas vendas externas deaçúcar(+US$ 2,52 bilhões), algodão (+US$ 997,41 milhões) ecaféverde (+US$ 563,64 milhões), principais responsáveis pelo incremento das exportações brasileiras. O bom resultado nas vendas desses produtos compensou a queda nas exportações de milho (-US$ 1,2 bilhão);sojaem grãos (-US$ 901,30 milhões) e óleo desoja(-US$ 543,45 milhões).
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