Localização Atual

Acesse seus artigos salvos em
Minha Folha, sua área personalizada
Acesse os artigos do assunto seguido na
Minha Folha, sua área personalizada

benefício do assinante
Você tem7 acessos por diapara dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.
benefício do assinante
Assinantes podem liberar7 acessos por diapara conteúdos da Folha.
Recurso exclusivo para assinantes
assineoufaça login
Gostaria de receber as principais notícias
do Brasil e do mundo?
benefício do assinante
Você tem7 acessos por diapara dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.
benefício do assinante
Assinantes podem liberar7 acessos por diapara conteúdos da Folha.
Recurso exclusivo para assinantes
assineoufaça login
Obras, empreendimentos demineraçãoe imóveis rurais ameaçam 98,2% dosterritórios quilombolasdo Brasil, mostra um relatório do ISA (Instituto Socioambiental), em parceria com a Conaq ((Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos) sobre o impacto destes três tipos de atividade em comunidades tradicionais.
Segundo a ONG, essas atividades geram consequências ambientais comodesmatamento, degradação florestal e incêndios, além da perda de biodiversidade e deterioração de recursos hídricos pela exploração mineral e atividades de agricultura e pecuária no entorno dos territórios. A abertura de estradas e rodovias também podem facilitar violações ambientais.
“É urgente o cancelamento de cadastros de imóveis rurais e de requerimentos minerários que incidem sobre os quilombos, bem como consulta prévia da comunidade sobre qualquer obra de infraestrutura ou projeto que possa degradar o território ou comprometer os modos de vida dos moradores”, diz Antonio Oviedo, pesquisador do ISA responsável pelo estudo.
O levantamento aponta ainda que aconsulta prévia às comunidades tradicionaisnão vem sendo respeitada como deveria. A análise é assinada por Oviedo, William Lima e Francisco das Chagas Souza.
Essa consulta é um direito determinado pela convenção 169, de 5 de setembro de 1991, que obrigou os países membros da Organização Internacional do Trabalho a reconhecer e proteger práticas e valores sociais, culturais, religiosos e espirituais próprios desses povos. No Brasil, que é um dos países signatários, a convenção passou a valer em 25 de julho de 2003.
Por conta disso, antes de realizar qualquer obra ou ação que interfira no dia a dia de povos tradicionais como indígenas e quilombolas, governos e empresas públicas e privadas são obrigados a consultar os moradores locais.
“Os resultados mostram que praticamente todos os quilombos no Brasil estão impactados por algum vetor de pressão, evidenciando a violação dos direitos territoriais das comunidades quilombolas”, diz o pesquisador.
O estudo analisou os 494 quilombos, homologados ou não, que já têm território delimitado, e suas sobreposições com as áreas de influência direta das obras planejadas pelo governo Lula (PT), requerimentos de exploração na ANM (Agência Nacional de Mineração) e propriedades registradas no CAR (Cadastro Ambiental Rural, banco de dados usado para fiscalizar e controlar a atividade agropecuária).
Destes, 485 territórios tem algum tipo de sobreposição —para as obras, foi considerada a chamada área de influência direta, metodologia utilizada pelo governo federal para medir a zona de impacto dos empreendimentos para além da construção em si.
O relatório afirma que obras de infraestrutura e outros projetos agropecuários e de mineração são planejados, implementados e medidos conforme expectativas e metas macroeconômicas, mas desconectados das demandas sociais locais.
A análise aponta que quase 57,9% dos quilombos estão na área de influência de empreendimentos pretendidos pelo governo. Já imóveis rurais tem sobreposição com 94,1% dos territórios e os requerimentos minerários, com 52,8%

Segundo o estudo, isso mostra não só a violação aos modos de vida das comunidades, mas a possibilidade de degradação ambiental e de perda de recursos naturais.
Ainda, aponta para o falho sistema de controle, por exemplo, dos imóveis rurais, resultado do enfraquecimento da legislação ambiental.
Esses imóveis precisam ser registrados junto ao CAR (Cadastro de Imóvel Rural), que deveria ser a base de dados oficial do governo federal para controle, por exemplo, do desmatamento em propriedades privadas.
No entanto, além de nem todas as propriedades estarem documentadas, o registro é autodeclaratório: ou seja, é o dono quem aponta o tamanho e os limites de área de sua fazenda, por exemplo, o que facilita casos de fraude, uma vez que a fiscalização é falha.
Problemas semelhantes enfrentam os requerimentos minerários. Como mostrou aFolha, o sistema de controle da ANM também permitiu queexistam centenas de requerimentos minerários sobrepostos a terras indígenas.
Chama a atenção o fato de que, dentre os dez territórios quilombolas mais ameaçados por obras de infraestrutura, metade já são titulados, ou seja, já são áreas que passaram por toda a burocracia do Estado e estão plenamente protegidas pela lei brasileira.
Um deles, o do Kalunga, fica em Goiás. Os outros (Cachoeira Porteira, Erepecuru, Trombetas e Gurupá Mirim) são no Pará, sendo que os últimos dois tem 100% de seu perímetro sob influência da área de pressão de empreendimentos.
As sobreposições, concluem os pesquisadores, dificultam a adoção de medidas de proteção aos quilombos.
benefício do assinante
Você tem7 acessos por diapara dar de presente. Qualquer pessoa que não é assinante poderá ler.
benefício do assinante
Assinantes podem liberar7 acessos por diapara conteúdos da Folha.
Recurso exclusivo para assinantes
assineoufaça login
Leia tudo sobre o tema e siga:
Você já conhece as vantagens de ser assinante da Folha? Além de ter acesso a reportagens e colunas, você conta com newsletters exclusivas (conheça aqui). Também pode baixar nosso aplicativo gratuito naApple Storeou naGoogle Playpara receber alertas das principais notícias do dia. A sua assinatura nos ajuda a fazer um jornalismo independente e de qualidade. Obrigado!
Mais de 180 reportagens e análises publicadas a cada dia. Um time com mais de 200 colunistas e blogueiros. Um jornalismo profissional que fiscaliza o poder público, veicula notícias proveitosas e inspiradoras, faz contraponto à intolerância das redes sociais e traça uma linha clara entre verdade e mentira. Quanto custa ajudar a produzir esse conteúdo?
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Carregando…
Carregando…
Instituto Mauá prepara alunos para resolver problemas do mundo
Futuro da Michelin vai muito além dos pneus
Descomplica SP atinge 5 milhões de atendimentos, e Prefeitura entrega 21ª unidade na zona norte
Seminário debate a importância da indústria química e a transição para a química verde
Prefeitura entrega trecho da nova Santo Amaro requalificado, mais moderno e seguro
Desafios e oportunidades para o futuro
Expansão e sucesso do modelo de ensino marcam 25 anos do Insper
Sesi-SP amplia programas para atender escolas públicas
Inteligência artificial impacta educação e mercado de trabalho
Enel anuncia investimento de R$ 18 bi em geração e distribuição
Segunda capa histórica sobre Senna revive vitória épica em Portugal, a primeira dele na F1
Indústria química quer investir R$ 15 bi rumo à economia verde
Recurso exclusivo para assinantes
assineoufaça login
Espaços podem ser montados em Porto Alegre, Guaíba, Canoas e São Leopoldo, municípios onde há mais gente fora de casa
Recurso exclusivo para assinantes
assineoufaça login
Governo federal destinou R$ 8,4 milhões para a compra de 52 mil cestas, que estão sendo entregues
Recurso exclusivo para assinantes
assineoufaça login
Eleições para a corte eleitoral obedecem a um rodízio entre os ministros
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.

OjornalFolha de S.Paulo é publicado pela Empresa Folha da Manhã S.A. CNPJ: 60.579.703/0001-48
Copyright Folha de S.Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita daFolhapress.
Cadastro realizado com sucesso!
Por favor, tente mais tarde!

source

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.Campos obrigatórios são marcados com*

Obrigado!

Recebemos sua mensagem com sucesso e nossa equipe entrará em contato em breve.